Sabe que antes eu pensava “Nossa, deve ser muito massa ir para tal praia”. Claro, realmente é legal, mas confesso que tenho gostado tanto de conhecer cidades pequeninas. A cultura, o sotaque, a arquitetura, o cotidiano. Principalmente cidades do interior, aquelas mais rurais com um toque de urbanização. É tão incrível quando você para para observar essas particularidades de cada lugar, a maneira com que levam a vida, a felicidade estampada nos olhos daqueles que riem de algo que eu não sei, mas que é singelo e admirável. Como eu pude algum dia imaginar que a felicidade não esta no que se tem, mas com quem está.
Ví pessoas trabalhando em algo somente para ganhar dinheiro, mas eles não se importam, porque a felicidade desses é estar nos finais de semana com a família ou reunidos no final da tarde para tomar um chimarrão. Muitos filhos talvez não seja o sinônimo de não ter o que fazer, mas sim de progredir e tornar essa felicidade ainda mais repleta de alegria. Pessoas ricas no bolso e simples de coração, de alma. Humildade em rico e em pobre. As vezes só nos mais humildes. Mas é assim mesmo, a peculiaridade e a estranheza do mundo paralelo sempre existem.
Itaiópolis, uma cidadezinha localizada em Santa Catarina com aproximadamente 30 mil habitantes. Um lugar em que passei grande parte da minha infância. Ví amigos casando e vizinhos se mudando, alguns conhecidos faleceram e pessoas boas deram o adeus ao viver. Agora nas minhas férias retornei para a cidade e me encantei. Lembrei de casos e causos da minha infância, da nostalgia de passar em lugares que antes eram comum ao meu cotidiano, todos os finais de semana eu e minha família estávamos por lá.
Essa igreja é simplesmente linda, maravilhosa e eu ví em cada gravura, cada pedaço da pintura, uma história. Me lembrou obras de grandes artistas, como da Capela Sistina. Claro, alí é algo mais simples, mas tão lindo que eu me senti realmente iluminada naquele ambiente, mesmo já tendo conhecido durante a minha infância. Mas agora foi diferente, agora eu entendo ainda mais o significado da fé. Foi incrível. Me encanto com ambientes de arquitetura antiga, rústica e original com aquele toque artístico que faz meu coração bater mais forte, de verdade. Acho que em outras vidas eu vivia isso intensamente, juro, parece que isso faz parte de mim.
Essa é a Mel, uma de nossas cachorrinhas. Como é incrível o amor que os cachorros tem para com quem é bom. Eu sei que sou uma pessoa boa, que deseja e faz o bem para os outros. No primeiro encontro com elas eu já me senti ainda mais amada e feliz. Dá pra acreditar? Talvez não, mas se você está se sentindo triste aí, deita lá no quintal e vai ver que seu animalzinho vai sentir o que você está sentindo e vai até você, transmitir alegria e estar do seu lado, sem pestanejar.
Ahh, acordar cedo sem despertador e ao som dos passarinhos, quero mais disso.
Ou talvez eu precise apenas sorrir para o que eu não via com o coração, aquilo que eu via mas não enxergava. Como admirar um sorriso de algum estranho, dar mais atenção para quem a gente ama, e quando o stress bater na porta, sair do meu mundo e tirar alguns minutos para fazer “nada”, o meu corpo precisa disso, e o seu também, vai por mim.
Escrevendo esse post ao som de Enya, nada mais gratificante do que ter você aqui, sabendo um pouco mais do meu sentimento e dessa viajem que me renovou. 🙂 Talvez eu precise mais disso, sair do meu mundo, esquecer os problemas e lembrar que há felicidade em mim, só preciso encontra-la, todos os dias, e que em outros lugares ela é vivida diariamente, talvez com mais simplicidade e até mesmo com mais intensidade.